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terça-feira, 28 de julho de 2009

Governo Serra e a farra do software na Educação



PARTE 2
(em continuação ao
José Serra – o pai da comunicação)

Depois de criar o agílimo call center (08007770333), pela Call Tecnologia e Serviços LTDA, ao custo de quase 4 milhões de reais, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) concluiu que faltavam, além de mais recursos humanos, equipamentos e software(s) para o trem andar como convém a uma repartição pública tão augusta. Não se esqueça do título do edital ganho pela Call: contratação de serviços terceirizados de teleatendimento. (Bi)Terceirizados, porque na FDE já existia o mesmo serviço. Pelo jeito não estavam dando conta – ou estavam demais.

Você já deve ter visto o tal edital 52/0020/09/05, citado anteriormente. Mas se perdeu a chance, recorra a ele agora e leia que a FDE fez determinadas exigências muito específicas às concorrentes, assim como assumiu um compromisso de honra:
  • que fosse habilitada como um Parceiro GOLD Microsoft, com a Competência Advanced Infraestructure (sic) Solutions;
  • que a ganhadora tivesse em seu quadro permanente, no mínimo, 1 (um) profissional detentor de certificação CRM Dynamic MB2-632;
  • que A CONTRATADA deveria contemplar 300 horas anuais, com técnicos certificados CRM Dynamic MB2-632, para o desenvolvimento e customização da ferramenta sempre que a CONTRATANTE solicitar deste serviço;
  • que ela deveria prover a integração da aplicação CRM Dynamics Microsoft com o PABX Alcatel (Sistema Alcatel – Lucent – OmmiPCX Enterprise – Edital: item 6.4.1)
  • que deveria utilizar o CRM Dynamics Microsoft e o banco de dados SQL Server 2008 para a implementação do Software para a Central de Atendimento, contemplando características básicas conforme Item 6 do Anexo II – Especificações Técnicas. A licença de software para o produto CRM Dynamics Microsoft será fornecida pela FDE. Este é o compromisso da FDE, a promessa que a levará a encher sua cestinha com outras compras e todas as conseqüências do ato.*OBS – ver as obrigações da Contratante (FDE) no item 6.20 – são ótimas.
Não é moleza montar um parque temático da Microsoft como faz tão bem o Estado de SP em suas dependências. Obedecendo a regra para nós somente o melhor, o mais caro, mais complicado a FDE exige o tal enigmático certificado Advanced Infraestructure (sic) Solutions – num Inglês de novela das seis. Muito "difícil" obter o título. Mais difícil ainda é saber quem são as empresas certificadas e "escolher" uma entre milhares. A exigida certificação CRM Dynamic MB2-632 não é para todo mundo, de acordo com as buscas no Google. Por falar nisto, experimente pesquisar aí (opção páginas do Brasil): "certificação CRM Dynamic MB2-632"; "CRM Dynamic MB2-632"certificação; "Dynamic MB2-632"; "Dyn MB2-632"; "Dyn MB2 632"; "CRM MB2 632".

O que há de mais interessante nos resultados? Em todas elas aparece o link para o Edital da FDE/Call. Parece coisa de encomenda, de tão perfeitamente casada. Guarde esta informação valiosa, mais adiante voltaremos a ela. O que se quer de alguém com tal certificação é que saiba domar o bicho, que resolva os pepinos vários, contorne a situação, ensine à plebe a usá-lo e deixe todos felizes. A Call foi a resposta. Detalhe: quem certifica as empresas é a própria Microsoft e, portanto, ela é quem na prática indica qual será a empresa com "competência para implantar e fazer a manutenção de seu software".

Quanto ao CRM Dynamics Microsoft, o Estado já o tinha, de fato; portanto não era uma promessa vã. Para realizar a façanha do call center, idealizado desde meados de 2008, a FDE resolveu comprar software aos borbotões e muito específicos, da eterna Microsoft. Lançou, então, em 19 de dezembro de 2008, o Pregão (Presencial) de Registro de Preços 56/0149/08/05 para contratação do direito de uso definitivo, não exclusivo, de licenças de software nas modalidades select academic e school agreement. No dia 16 de janeiro de 2009 saiu em DO a homologação da ganhadora: a Brasoftware Informática LTDA (CNPJ: 57.142.978/0001-05) – outra empresa fornecedora recorrente nas áreas governamentais, uma baita campeã premiada da Microsoft.

Agora além da Band, Alston, Editora Abril, Folha de SP, Rede Globo, COMGÁS, Prefeitura de SP, PRODESP, Metrô, Secretarias de Segurança, Meio Ambiente e Fazenda, Nossa Caixa, CPTM, UNESP, UNICAMP, DERSA, Tribunal de Contas do Estado, Departamento de Estradas e Rodagens, CEET Paula Souza, Oncocentro, CETESP, ARSESP, CESP, Fundação CASA, PROCOM, Procuradoria Geral do Estado e Diebold-Procomp entre outras, ela tem novamente a FDE como cliente. Portanto, a Fundação cumpriu a promessa com a empresa Call Tecnologia de fornecer o software para a sua central de chamadas.

Os CRM (Dyn Crm Pro Svr All Lng Lic/Sa Pack Mvl e Dyn Crm Pro Svr All Lng Lic/Sa Pack Mvl 5 Clt) vieram em meio a uma paulada de outros programas, conforme o Edital, assinado por João Thiago de Oliveira Poço (Diretor de Tecnologia da Informação), e Magda Moura Motta Nieto (Gerente de Sistemas de Informação). O mesmo pode ser visto no Cadastro Pregão, do Governo de SP, porém com informações diversas. Basta entrar e escolher a opção Pesquisa Vencedor; daí colocar o nome Brasoftware e aguardar os resultados; ao surgirem encontre o número 56/0149/08/05 – outra opção esta tabela aqui. No Cadastro Pregão há 53 ocorrências para o mesmo processo, que são justamente as compras feitas no pacote. Os CRM estão no meio. Não há outra compra semelhante registrada em DO, portanto, só podem ter sido adquiridos neste pregão. Se recorrermos ao DO de 7/fevereiro/2009, vemos que se confirmam os dados do Edital; os nomes de alguns foram reti-ratificados em DO no dia 11/junho, mas é tudo a mesma coisa.

A obnubilar o astro rei por meio d’uma poruca

Não vemos em DO o valor da negociação, nem aproximado, já que a empresa "ganha" por software instalado. Por outro lado, no site Pregão temos que o Valor Total (geral) Negociado é de R$ 2.796.848,34 – mas isto não é verídico. No site Pregão as quantidades são diversas das que aparecem em DO e no Edital, pois no Pregão são consideradas as quantidades mínimas, no DO as quantidades máximas – o correto. Portanto o valor do negócio no site Pregão não pode ser aquele que consta. Antes fosse.

Daí você me pergunta: Como assim, NaMaria? Um site do governo não mente jamais; tu tá doida, é?

Não mente mas confunde e omite. Então, para adiantar teu expediente, por favor dê uma olhada nesta singela planilha completa feita por mim – com quantidades corretas, com a reti-ratificação, e sobretudo, com os valores. Viu? Gostou? Nada mal para uma empresa, tipo a impecável Brasoftware, fazer um negócio capaz de chegar à bagatela de R$97.801.694,39.

Somente se uma bomba atômica caísse neste instante sobre a Brasoftware e a empresa fornecesse as quantidades mínimas, ela levaria o dinheiro que o site Pregão mostra. Como isso dificilmente acontecerá, aquele pequeno valor de quase cem milhões pode ser o limite a ser embolsado – caso não haja outra ratificação, prorrogação etc.. Não é sublime? Os irmãos e donos da contratada, Jorge Sukarie Neto e Eduardo Fouad Sukarie, estão pra lá de otimistas com seus negócios. Quem não estaria?

Passado o surpreendente valor, repare agora no item 45 da tabela completa: Forfrnt Clnt Sec Mgt Cnsl All Lng Monthly Subscription Mvl W/Sql. Percebeu o preço da coisa? Só nisso a Brasoftware pode levar R$68.754.600,00. Não é um absurdo descomunal o valor de R$4.583,64 para uma licença? O troço é mais caro que bons computadores completos. E ainda a FDE quer comprar 15 mil deles. Perguntas:
  • Para colocar onde?
  • Seriam para os computadores que funcionam como servidores no Acessa Escola? Projeto este que usa as toneladas de computadores "alugados" do Consórcio Educat (CTIS/PROINFO-DIEBOLD/POSITIVO) – já com sofware (Windows Vista Business All Lng Upg/SA Pack MVL Partners in Learning e Office Enterprise All Lng Lic/SA Pack MVL Partners in Learning; de 19.500 a 31.000 licenças mensais) –, que por sua vez fazem parte do projeto Computador na Escola?
  • O mesmo Acessa Escola fenomenal que deve usar o Blue Control da MStech – que não funciona, mas foi especialmente feito para a FDE?
  • E os outros itens da compra? Servem a quais máquinas e de onde?
  • Por que há licenças de 1 e 3 anos? No próximo ano a FDE fará novamente as mesmas compras - ou diferentes? Ou deixará as máquinas "descobertas" como já aconteceu no passado, caracterizando pirataria?
  • Quem saberia responder essas questões, que não o Secretário Paulo Renato Costa Souza e sua gentil equipe?
NOTA: Três pagamentos foram efetuados à Brasoftware em julho: R$ 258.406,55; R$ 142.617,34 e R$ 27.664,00 – todos assinados em 3/julho/2009. Mas só não se sabe quais dos softwares ou quantos, para quê, nem onde estão instalados ou para quem. Detalhes, detalhes...

Maravilha. Agora já sabemos como a empresa "de qualidade", Call Tecnologia e Serviços, avançou do Centro-oeste do país para agir na Prefeitura de SP (com José Serra) e depois direto para os negócios do Estado (com José Serra) – e se expandiu a ponto de ter dois escritórios em SP e um crescimento de 300% só nos últimos três anos.

Também sabemos que são necessários quase cem milhões de reais em softwares da Brasoftware (Microsoft) para tentar fazer funcionar a Call e, conseqüentemente, o Consórcio Educat, além das tarefas da MStech junto aos alunos estagiários do Acessa Escola.

Mas ainda faltam personagens: o PABX IP, outros equipamentos/serviços, o atendimento ao cliente, os treinamentos dados na FDE...

Aliás a imagem acima é, na verdade, mais uma pergunta a quem interessar possa: se no Edital da Call Tecnologia e Serviços está previsto que a própria empresa daria os treinamentos do CRM ao pessoal da FDE e outros (ver por exemplo: item 14.1.3; Categoria Profissional: Coordenador - Perfil Profissional Básico; (perfil) Gerente de Central de Atendimento, e item 17.1.3), por que aparece na apostila de treinamento CRM o logotipo da MStech e não o da Call? A quem, afinal, cabe esta farfúncia?
Boa pergunta. Há outras.

domingo, 19 de julho de 2009

José Serra - o Pai da Comunicação



PARTE 1

Por acaso você já ligou para a Prefeitura de São Paulo utilizando o número 156? Como foi o atendimento? Conseguiu o que desejava? Ficou satisfeito?

Pois saiba que quem administra as chamadas para os serviços dispostos pela prefeitura de SP, desde abril de 2006, quando José Serra ocupava o posto principal, é a empresa Call Tecnologia e Serviços LTDA (CNPJ 05.003.257/0001-10), também conhecida como Call Contact Center. À época o fato foi muito comemorado pelos envolvidos, José Serra estava radiante. Obviamente não pelo certame vencido pela nova empresa, em licitação, cujos pagamentos mensais eram em torno de R$1.250.000,00 e chegariam aos 30 milhões por dois anos de serviço. Comemorou-se bastante porque houve um acréscimo de 15% nos atendimentos e graças à mudança da Perform (empresa anterior) pela Call, com o apoio eterno da PRODAM, evitou-se a paralisação do atendimento aos munícipes. O povão ligador, no entanto, teve outra opinião.

Pó pará, NaMaria. Você disse que o contrato valia por dois anos, então ele acabou em 2008, né? Tolices de vossas partes, honrados leitores. O fato é que a Prefeitura desde março de 2008, agora a mando do senhor Kassab, prorroga a coisa toda pela Secretaria Municipal de Gestão (MSG) e outras. É aquela velha máxima futebolística aplicada aos negócios públicos: não se mexe em time que está ganhando. Lá vamos nós à história.

Vide DO da Cidade, primeira ocorrência 24/fevereiro/2006, contrato 002/CGBS/SMG/2006 - Processo administrativo: 2005-0.316.832-3. Corrige-se a data de início de vigência para 30 de março de 2006. Em outubro de 2006, no entanto, a maré não estava boa para a Call, só pode ter havido uma sabotagem no sistema: a coitada foi multada pela Coordenadoria do Governo Eletrônico e Gestão da Informação - CGEGI, só porque não cumpriu cláusula contratual de atender de 5.500 a 7.500 ligações na hora de maior movimento e por não atingir 90% do serviço estabelecido. O povaréu não perdoa, gente de má fé. A pobrezinha da empresa dos Srs. Ruy Trida Júnior e Luiz Cláudio Tiveron, foi lascada em 0,1% do valor total, ou seja: 30 mil reais. Depois disso, o ano de 2007 passa como se a Call Tecnologia não existisse para o DO da Cidade, sem um mísero link – um céu de brigadeiro.

Chega 2008 e as coisas oscilam. Tudo começa bem, vem o primeiro aditivo. Ou seja: vamos aumentar o rabo da cobra. DO Cidade, 9/maio/2008 – publicado atrasado por omissão - Extrato do Termo Aditivo 01 ao Contrato 002/CGBS/SMG/2006 – sem notação de valores, não me pergunte o motivo. Mas, em 17 de junho, a mesma Coordenadoria da multa de 2006 dá uma feia advertência à Call por não cumprimento de contrato. A contratada, por sua vez, se fez de besta e a Coordenadoria tascou-lhe novamente multa de 0,1%, em agosto, que como se sabe é mês do cachorro louco, não se brinca. Vem setembro; às portas da gentil primavera a Call é notificada com outra advertência em razão de descumprimento do item 12.1.2 do contrato. Sempre a mesma ladainha, talvez a CGEGI não entenda nada das mazelas do atendimento aos munícipes que a empresa especializada encara diuturnamente. Contudo, não há mal que sempre dure: em 30 de outubro sai a esperada autorização para prorrogação por mais 5 meses do Contrato 002/CGBS/SMG/2006, pela Coordenadoria de Gestão de Bens e Serviços – CGBS, Departamento de Gestão de Suprimentos e Serviços. Valor total: R$ 7.759.198,30. Valor da prorrogação: R$ 3.197.073,97sendo que o restante onerará a dotação do exercício seguinte. A confirmação se apresenta em 20/novembro/2008: Extrato de Termo Aditivo 02 ao Contrato 002/CGBS/SMG/2006 – alterando a cláusula 5a.

Ano novo, vida nova e multas frescas em 2009. Em 28 de janeiro, o Secretário-executivo de Comunicação, Marcus Vinícius Sinval, aplica multa de R$17.944,19, pois houve interrupção da comunicação entre a Central 156 e a PRODAM. Poucos dias depois, a Secretaria Executiva de Comunicação exige R$120 mil da Call pelos mesmos motivos anteriores, em 27 de fevereiro de 2009, a serem descontados no pagamento próximo. O fato repete-se em 20 de março, mudando o valor para R$ 240 mil.

Daí as mordidas cessam e no dia 27 de março vem o sopro. A SECOM autoriza a continuidade da empresa por mais três meses. Então, senhoras e senhores, no dia 7 de abril aparece o sensacional Extrato do Termo de Aditamento 003 ao Contrato Nº 002/Cgbs/Smg/2006 (2005-0.316.832-3), pela Secretaria Executiva de Comunicação, incluindo a conexão com os sistemas aplicativos hospedados na PRODAM para consulta ás (sic) informações e registros das solicitações recebidas. Validade: 3 meses, a partir de 30/março/2009. Valor do aditamento: R$ 4.655.518,98. Finalmente, em 30 de junho passado, a SECOM autoriza outros noventa dias de serviço, a contar a partir daquela data. Assim sendo, a Call Tecnologia e Serviços continua atendendo muito bem, obrigado, a cidade de São Paulo - como queríamos demonstrar.

Não pense, todavia, que a extraordinária Call se restringe à Prefeitura de SP. Outros contratos concomitantes existem (citando apenas 2008-2009):
  • Contrato CS/CTI PR 108/08 – com IPT, validade: 12 meses, valor: R$ 306.000,00 – assinado em 26/junho/2008;
  • Vence a concorrência Nº CSPE/033/01/2007, Processo CSPE/0160/2007, e entra na Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP, para prestação de serviços de teleatendimento receptivo e ativo, com atendimento eletrônico e humano, no valor total de R$ 2.884.311,59, em 5 de agosto de 2008;
  • A partir de 20/outubro/2008 tem prorrogado por um ano seu contrato SF Nº 026/2006 com a Secretaria Municipal de Finanças (Secretário Walter Aluísio Morais Rodrigues), para a prestação de serviços de acompanhamento da regularidade tributária dos contribuintes devedores de tributos não inscritos na dívida ativa, bem como os inscritos no Programa de Parcelamento Incentivado. Valor: R$ 1.934.400,00;
  • Contrato PRO.000.5614 (processo: 85629), dispensa de licitação (nº.010/2009), com a PRODAM para o Disque Poupatempo. Valor: R$ 7.144.020,00, por 6 meses, assinado em 16/abril/2009.

A melhor azeitona do empadão


José Serra, nosso amável Governador, está sempre atento às relações entre Estado e povaréu. Serra exige qualidade ímpar no diálogo franco e aberto que sempre teve com... a gente. Ele e sua equipe da SEE, comandada pelo Paulo Renato Costa Souza, têm a solução. Veja que primor de originalidade.

Sai o contrato 52/0020/09/05 (aviso lançado em 13/fevereiro; homologado em 27/março) para prestação de serviços terceirizados de teleatendimento (Central de Atendimento) ativo e receptivo, no formato humano e via correio eletrônico (e-mail). Valor: R$ 3.984.000,00. Assinatura em 3/abril/2009, válida por 720 dias, prorrogáveis. Quem assina em nome de tão prestimoso setor? A nossa conhecida e estimada FDE, através de seu Presidente Fábio Bonini Simões de Lima e de sua Supervisora de Comunicação e Assuntos Institucionais, a Sra. Márcia Rachel Busch. Você pode ir dando uma olhada no Edital da negociação aqui, verdadeira obra-prima à qual recorreremos futuramente.

É absolutamente impressionante como os modelos de negócios municipais (do PSDB e aliados) se repetem no Estado – e vice-versa. Não se sabe onde começa um e termina o outro. As desgraças em forma de brilhantes soluções migram de um ponto a outro com a tranqüilidade de um ermitão pelado em sua caverna. Percebe-se que há imensa responsabilidade nas "escolhas" dos prestadores de serviços por parte dos governantes, já que uma empresa tão multada quanto a Call Tecnologia e Serviços LTDA supera em muito qualquer outra, sendo agora também a responsável pelos telefonemas que entram na SEE-SP. Definitivamente os iguais se atraem.

Mas o imbróglio não termina aí, afortunados leitores. Ao contrário, ele se expande, piora.
Veremos no próximo capítulo com quantos e quais softwares se faz a canoa desse call center educacional. Saberemos quantas e quais empresas são necessárias para se atingir o Nirvana comunicativo. Ouviremos as escolas, testaremos os serviços oferecidos. E, obviamente, faremos as contas das ações do nosso grande pai da comunicação, o Sr. José Serra.
Desse jeito ele ganha outro prêmio, ô se ganha...